Se existe algo que eu sinto (e sempre sentirei) muita falta é, definitivamente, do palco. Não existe algo mais frustrante pra alguém do que saber que o que você esperava da vida infelizmente não é assim. Desde os meus 10 anos, eu sabia o que eu queria: um palco e um público. E afinal, quem não queria isso? Ser famosa, ter fãs... Mas isso não era o que eu me movia. O que me movia era o amor, a paixão que eu tinha pelo que eu fazia. Eu comecei atuando, e descobri que era muito bom poder entrar em um personagem que, num primeiro momento, não tem nada a ver com você, mas que depois, é você. É você quem o está dando vida, as pessoas estão olhando pra você e vendo as tristezas, alegrias e angústias daquele personagem. Fiz só trabalhos escolares (os quais eu fazia de tudo para ser uma peça. Eu escrevia, atuava, dirigia, fazia tudo, se pudesse e deixassem) e uma única peça: Fragmentos de Teatro, com Julio Guedes, no segundo ano do Ensino Médio. Mais ou menos por esta época, eu descobri o Hip Hop e a arte que era dançar. Descobri que algo que fazia no meu quarto, escondida e com vergonha, dava pra ser algo que as outras pessoas olhariam admiradas. Participei de dois grupos, e nunca me importei em ficar todos os finais de semana ensaiando ou até as 3 da manhã, ou correndo atrás de divulgação pras audições. Infelizmente, esse meu amor era sempre encarado como "puxa-saquismo". Nunca me importei. Mas a gente cresce, e com isso, vem as responsabilidades. Comecei a trabalhar e tive que abandonar o Força das Ruas, o grupo que eu dancei por último, com a promessa de que um dia voltaria. Fazem dois anos que saí, e me dói muito. Saber que não vou passar a vida em cima de um palco faz com que a Rosih de 13 anos se encolha dentro de mim e diga: "Ei! Por que você não me avisou que passaria tudo tão rápido e que nossos sonhos não dariam certo?"
Mas, no meio de isso tudo, algo me deixa muito feliz. Tive que me afastar de mim mesma para poder encontrar algo que eu amo e que está dentro das condições da minha realidade. Na minha vida, vou para um palco diferente: vou ser professora. De dentro de uma sala de aula, vou incentivar meus alunos a serem protagonistas da própria vida, a serem o centro das atenções do próprio palco. E eu não passei minha vida em cima de um palco com público como eu imaginava, mas quem sabe eu não esteja incentivando alguém a fazê-lo? :)Tenham todos uma ótima semana!
2 comentários:
muito show,e isso mesmo cumadreeeee.
Beeeijos
Gsotei do blog, tô seguindo
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