segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Escrever. Dá trabalho.

Não existe coisa mais triste no mundo do que você ter de escrever uma redação sem a menor inspiração ou sobre um tema que não tenha nada a ver com o contexto da aula/realidade/qualquer outro contexto. Mesmo estando no segundo semestre de Letras, ainda tenho uma dificuldade enorme em escrever textos com "regras", como textos dissertativos (parágrafos, introdução, desenvolvimento, conclusão, amém). É a coisa mais triste do mundo quando a professora diz "escrevam um texto sobre qualquer coisa, mas que contenha a opinião de vocês". Professora, minha opinião vem fluída na mente e só Deus sabe quando vem, como é que eu vou escrever um texto com a minha opinião agora, assim, em menos de 45 minutos? Sobre o que? Como?
Daí vem a dificuldade de (quase) todos os alunos, tanto do ensino fundamental, do ensino médio, universitários ou vestibulandos. A pressão pra se escrever uma redação bem feita é enorme. Claro que é importante escrever uma redação bem feita, disso não discordo, mas veja bem: o que seria uma redação bem feita? Uma que contenha todos os parágrafos, início, meio e fim e conteúdo nenhum? Ou uma com dois parágrafos, vinda de alguém ouvindo Dancing Queen na versão do Glee, da sala de digitação da faculdade, que escreveu sobre algo que você entendeu perfeitamente?
O ensino precisa mudar. Essas milhares de "regras" precisam ser revisadas e também verificadas novamente. Se preciso, outra vez. Existem mentes brilhantes por aí, ansiosas por escrever coisas boas, engraçadas, fáceis de ler ou sérias, cheias de palavras rebuscadas, encontradas somente no dicionário. O medo simplesmente não as deixa.
Pensem nisso ;)
Uma ótima semana a todos.

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